Páginas

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vale de Ossos

INTRODUÇÃO

1. O livro de Ezequiel ocupa o terceiro lugar na sequência dos profetas maiores, esta é certamente sua localização cronológica verdadeira, porque coloca o livro entre dois grandes contemporâneos de Ezequiel, Jeremias que começou suas profecias um pouco antes, e Daniel que seguiu com suas profecias um pouco depois.

2. O nome Ezequiel significa: A quem Deus fortalecerá.

3. Ao contrário do profeta Jeremias, Ezequiel tinha uma companheira. Esta faleceu no nono ano do cativeiro de forma súbita (cf Ez 24:1, 16).

4. Não é possível precisar com que idade Ezequiel foi levado cativo, porém pode-se dizer que era jovem, entre 25 e 30 anos. Seu ministério profético dura em torno de 22 ou 23 anos. Começa no ano 593 – 571 a.C.

5. Foi na segunda invasão de Nabucodonosor que Ezequiel é levado cativo no ano 597 a.C., (cf 2Rs 24:14) “Transportou a toda a Jerusalém, todos os príncipes, todos os homens valentes, todos os artífices e ferreiros, ao todo dez mil; ninguém ficou, senão o povo pobre da terra”. O texto sugere que a linhagem do profeta Ezequiel era nobre.

6. Ezequiel 37:1-14

ARGUMENTAÇÃO

1. Os ossos “sequíssimos” espalhados pelo vale representam a desesperada condição em que se encontrava “toda a casa de Israel” durante o exílio, devido ao longo processo de apostasia e morte espiritual pela condescendência com o pecado. A restauração de Israel dessa condição é descrita na visão como se processando em duas etapas semelhantes às da criação original da raça humana. Primeiro ocorre à formação dos corpos, para depois serem estes vivificados pela poderosa atuação do Espírito de Deus.

2. Essa analogia dos ossos secos não se aplica somente ao mundo, mas também aos que têm sido favorecidos por grande luz; pois eles são também semelhantes aos esqueletos do vale. Têm a forma de homens, a estrutura do corpo, mas não têm vida espiritual. A parábola não deixa, porém, os ossos secos meramente ligados em forma de homens; pois não basta que haja simetria de membros e feições. O fôlego de vida tem de vivificar os corpos, para que possam ficar em pé e pôr-se em atividade. Esses ossos representam a casa de Israel, a igreja de Deus, e a esperança da igreja é a vivificante influência do Espírito Santo. O Senhor precisa soprar sobre os ossos secos, para que vivam. (EGW, E Recebereis Poder, MM, 06/fev/99).

3. O Espírito de Deus, com Seu poder vivificador, precisa estar em todo ser humano, para que todo músculo e nervo espiritual esteja em atividade. Sem o Espírito Santo, sem o fôlego de Deus, há entorpecimento da consciência e perda de vida espiritual. Muitos que se acham destituídos de vida espiritual têm os seus nomes nos registros da igreja, mas não estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. Eles podem estar ligados à igreja, mas não estão unidos ao Senhor. Podem ser diligentes na realização de um certo conjunto de deveres, e ser considerados como pessoas que vivem; muitos, porém, se encontram entre os que têm nome de que vivem, e estão mortos.

4. A revificação dos ossos secos simbolizava a restauração espiritual e política de Israel como nação, que ocorreria se os israelitas se submetessem completamente aos propósitos divinos. Uma vez que o povo não correspondeu com as expectativas divinas (ver Mt 23:37 e 38; Jo 1:11; At 7), a visão não obteve seu pleno cumprimento com a nação de Israel, e precisa ser agora reinterpretada à luz do novo Israel, ou seja, da Igreja (1Pe 2:9).

5. Os profetas do Novo Testamento esclarecem que a restauração final de todas as coisas não mais ocorrerá pelo retorno dos judeus para a Palestina, mas pela conversão a Cristo de representantes de “todas as nações” do mundo (ver Mt 24:14; 28:18-20; At 1:8; Gl 3:16, 26-29; Ap 14:6); não mais pela reconstrução e perpetuação da cidade de Jerusalém, mas pela vinda da Nova Jerusalém celestial (ver Hb 11:8-16; Ap 21:2); e não mais pela renovação sociopolítica da nação de Israel, ou mesmo do mundo, mas pela implantação de um “novo céu” e de uma “nova terra” (ver 2Pe 3:7-13; Ap 21:1).

CONCLUSÃO

1. 1Co 12:27 – “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo”.

2. Somos um corpo. Corpo de Cristo – a IGREJA. Como estamos? Somos apenas um monte de ossos ressequidos, ou uma igreja atuante, vibrante, viva pela presença plena do Espírito?

3. Como membro individual desse corpo como estás? Seco, morto, inativo, descompromissado, longe, inerte? Como estás?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Primeiro casamento entre mulheres é realizado na Argentina.

Duas mulheres, ambas de 67 anos, se casaram nesta sexta-feira (9) em um cartório em Buenos Aires, no primeiro casamento entre mulheres da Argentina. A argentina Norma Castillo e a Uruguaiana Ramona “Cachita” Arévalo, que moravam há 30 anos, se casam depois de conseguir uma autorização judicial concedida pela magistrada Elena Liberatori. Este é o terceiro casamento entre pessoas do mesmo sexo realizado na Argentina e o primeiro entre duas mulheres.

Paulo já enfrentava casos como esse na igreja de Corinto no primeiro século. Veja Romanos 1:24-32.

“Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia”.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Modernidade


A cultura moderna expulsou Deus de sua consciência. O humanismo impera concreto. A mídia em geral ridiculariza o conteúdo religioso. A ascendência da ciência e da tecnologia criou um povo que presume que o mundo empírico dos objetos palpáveis é a única realidade. Talvez essas afirmações possam ser resumidas em uma única palavra: SECULARISMO. O conluiado da secularização é o relativismo, a convicção de que as verdades absolutas não existem; se a verdade existe, não pode ser conhecida. Nas universidades e na mídia, o único absoluto nestes dias é que não existem absolutos. Os valores morais foram pervertidos, pois não passam de uma concepção individual.

Somente em um mundo em que ter fé é difícil pode existir a fé. Uma definição de fé é a vontade de crer. Assim, a fé, na sua raiz mais profunda, é uma decisão da vontade. É uma escolha sem ter nas mãos as informações completas, do contrário seria conhecimento, e não fé. O conhecimento total, pleno é a ausência da fé. No evangelho de João a fé nunca é um substantivo; ela é sempre um verbo. Fé é ação; nunca apenas consentimento mental.

Toda a verdade é por definição exclusiva. Se a verdade não exclui, então não está fazendo nenhuma afirmação da verdade; somente se está expondo uma opinião. Toda asserção da verdade diz que algo contrário a ela é falso. A verdade exclui o seu oposto. Quando Jesus afirmou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida;” implica em primeiro lugar, a verdade é absoluta e, em segundo lugar, que a verdade pode ser conhecida.

Ele mesmo disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” No conceito hebraico conhecer é muito mais que reunir informações. É conhecimento experimental. É mais ou menos como andar de bicicleta. Não dá pra apreender assistindo a um vídeo ou lendo um livro; você precisa montar na bicicleta e sentir como é.

Seria perda de tempo ouvir isso ou aquilo sobre Deus e a religião, a única maneira de descobrir a verdade sobre Deus é manter uma experiência relacional com Ele. A confiança surge de um relacionamento real e sem reservas. O rei Davi declarou: “Provem, e vejam como o Senhor é bom”. Quanto mais você fizer isso mais você será fortalecido experimentalmente pela evidencia da fé. Essa é a idéia.