A data, circunstâncias da fundação e o criador da igreja de Roma são obscuros, ainda que existam diversas informações tradicionais a esse respeito. A tentativa de determinar datas e o surgimento desta igreja será feito sem qualquer precisão (Champlin, 2002, v.3, p. 558). A própria carta dirigida aos cristãos romanos, esclarece que a igreja já operava por um bom tempo (Bruce, 1991, p. 14).
Conforme lemos em Atos 2:10, a multidão de peregrinos presentes em Jerusalém para a festa do Pentecoste, e que ouviram a pregação de Pedro, incluía “visitantes procedentes de Roma, tanto judeus como convertidos ao judaísmo” (NVI). Não temos informação se alguns deles estavam entre os três mil batizados naquele dia.
Ambrosiastro, pai da igreja latina do século IV, diz no prefácio do seu comentário da epístola aos Romanos que, os romanos tinham abraçado a fé em Cristo sem ver nenhum sinal de obras poderosas e nenhum dos apóstolos (citado em Bruce, 1991, p. 15). Ainda segundo Bruce foram cristãos simples e comuns os primeiros a levar o evangelho a Roma e implantá-lo ali.
Há ainda outras informações que levam a fundação da igreja de Roma para mais distante. Em Atos 18:2 Paulo está em Corinto e ali encontra com Áquila e Priscila, judeus cristãos que haviam sido expulsos de Roma pelo imperador Cláudio (41 – 54 A.D. (Bruce, 1991, p. 15)). Bruce e Becker fazem referência a um édito de Cláudio no ano 49 A.D., que resultou na expulsão de judeus cristãos de Roma, embora não afirmem categoricamente aludem a esta data como sendo provável (Bruce, 1991, p. 15; Becker, 2007, p. 469 e 470). Sendo assim antes do ano 49 A.D., já havia uma igreja em Roma.
No epílogo da carta aos Romanos 16:7 encontramos Andrônico e Júnias, segundo diz Paulo eles “estavam em Cristo antes de mim”. Se a conversão de Paulo acorre logo após a morte de Estevão no ano 34 A.D., o fato de Andrônico e Júnias estarem em Cristo antes de Paulo garante que eles se converteram antes do apóstolo, e supõe que a igreja de Roma já estava em atividade antes do ano 34 A.D.
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