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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Série Levitas 5/5

OS SACERDOTES COMO MINISTROS

Os sacerdotes eram ministros de Deus, divinamente apontados como mediadores entre Deus e os homens, particularmente autorizados a oficiar no altar e nos serviços do santuário. Nos tempos em que os livros não eram comuns, eles eram não só os intérpretes da lei, mas em muitos casos a única fonte de conhecimento dos reclamos divinos. Por seu intermédio era o povo instruído na doutrina do pecado e sua expiação, na justiça e santidade. Por seu ministério o povo era ensinado como se devia aproximar de Deus; como o perdão podia ser alcançado; como a oração se podia tornar agradável a Deus; quão inexorável é a lei; como o amor e a misericórdia prevalecem, por fim. Todo o plano da salvação lhes era esclarecido até ao ponto em que era possível ser revelado em símbolos e ofertas.
Cada cerimônia visava impressionar-lhes o espírito com a santidade de Deus e as fatais conseqüências do pecado. Ensinava-lhes também a admirável provisão feita mediante a morte do cordeiro. Fosse embora um ministério de morte, era glorioso em suas promessas. Contava de um redentor, de alguém que levava o pecado, que compartilhava a carga, um mediador. Era o evangelho em perspectiva.

No serviço do sacerdócio três coisas se destacavam preeminentemente do resto: mediação, reconciliação, santificação. Cada uma delas merece ser destacada.
Os sacerdotes eram, antes de mais nada, os mediadores. Era esta a sua obra principal. Conquanto o pecador pudesse trazer a oferta, não podia espargir o sangue ou queimar a carne sobre o altar. Nem podia comer o pão da proposição, ou oferecer incenso, ou mesmo espevitar as lâmpadas. Tudo isso outro devia fazer por ele. Embora pudesse aproximar-se do templo não podia nele entrar: embora pudesse suprir o sacrifício, não podia oferecê-lo; embora pudesse imolar o cordeiro, não podia oferecer o sangue. Deus era acessível a ele unicamente pela mediação do sacerdócio. Podia aproximar-se de Deus só por intermédio de outra pessoa. Tudo isso devia gravar-lhe na mente o fato de que necessitava alguém para interceder por ele, alguém para interferir. Isso pode ser apresentado mais vividamente ao espírito, imaginando-se uma ocorrência que muito bem pode ser real.

Um pagão que sinceramente deseje adorar ao verdadeiro Deus ouve que o Deus de Israel é o Deus verdadeiro, e que habita no templo de Jerusalém. Faz longa jornada e afinal chega ao sagrado lugar. Ouviu dizer que Deus habita entre os querubins no lugar santíssimo, e resolve penetrar no recinto onde possa adorar a Deus.

Mas não dá muitos passos quando é detido por um aviso que o informa de que nenhum estranho pode transpor aquele limite sem perigo de vida. Fica perplexo. Deseja adorar ao verdadeiro Deus de quem ouviu falar, e também lhe foi dito que Deus quer ser adorado. No entanto, é impedido nisso. Que poderá ser feito? Interroga um dos adoradores e é lhe dito que necessita prover-se de um cordeiro antes de se poder aproximar de Deus. Provê-se imediatamente com o animal requerido e volta. Pode agora ver a Deus? Novamente lhe é dito que não pode entrar.

- Para que, afinal, é o cordeiro? Pergunta.

- Deve entregá-lo ao sacerdote para sacrificá-lo.

- Poderei então entrar?

- Não, pois não existe meio de jamais entrar no templo ou ver a Deus. Não é assim que se procede.

- Mas por que não posso ver vosso Deus? Quero adorá-Lo.

- Nenhum homem poderá ver a Deus e viver. Ele é santo, e somente quem é santo O pode ver. O sacerdote pode entrar no primeiro compartimento, mas existe ainda uma cortina entre ele e Deus. Somente o sumo-sacerdote pode de vez em quando entrar no santíssimo. Não poderá o senhor ir em pessoa. Sua única esperança está em que alguém ali chegue em seu lugar.

O homem fica profundamente impressionado. Não lhe é permitido entrar no templo. Somente quem é santo pode fazê-lo. Precisa de alguém que por ele interceda. A lição fica-lhe gravada profundamente na alma: não pode ver a Deus; precisa de um mediador. Somente assim podem os pecados ser perdoados e a reconciliação efetuada.

Todo o ritual do santuário se baseia na obra de mediação. O pecador podia trazer o cordeiro; podia matá-lo; mas o rito só seria eficaz se houvesse um mediador que aspergisse o sangue e ofertasse o sacrifício.
A segunda característica preeminente do rito era a reconciliação. O pecado afasta de Deus. É ele que encobre o Seu rosto de nós, e impede que nos ouça. Isa. 59:2.

Mas por intermédio das ofertas queimadas e do incenso que ascendia com as orações, era possível a aproximação de Deus. Era restaurada a comunhão e efetuada a reconciliação.

Ao passo que a mediação era o fim precípuo do sacerdócio, a reconciliação era o desígnio dos sacrifícios oferecidos diariamente durante o ano. Por meio deles, eram restabelecidas as cordiais relações entre Deus e o homem. O pecado separava; o sangue unia. Isso era realizado pelo ministério do perdão. Fora afirmado que quando toda a congregação houvesse pecado e trouxesse sua oferta pela culpa; quando os anciãos pusessem as mãos sobre a oferta fazendo sincera confissão do pecado, “lhe será perdoado o pecado”. Lev. 4:20. E a ordem continua afirmando que quando um príncipe houvesse pecado e cumprisse com as exigências, ser-lhe-ia perdoado. Vers. 26. A promessa atingia também qualquer pessoa do povo em geral: “E lhe será perdoado o pecado.” Vers. 31 e 35. Pelo pecado, viera a separação; mas daí por diante tudo estava perdoado.

Somos reconciliados com Deus pela morte de Seu filho. Rom. 5:10. A reconciliação é efetuada pelo sangue. II Crôn. 29:24. Dia após dia o sacerdote entrava no primeiro compartimento do santuário para comungar com Deus. Havia ali o incenso santo que penetrava além do véu até o santíssimo; ali estava o castiçal que era um emblema dAquele que é a luz do mundo; a mesa do Senhor convidando à comunhão; e a aspersão do sangue. Era um lugar de aproximação de Deus, de comunhão. Por intermédio do ministério do sacerdote o perdão era concedido, efetuada a reconciliação, e o homem posto em comunhão com Deus.

O terceiro aspecto importante do ritual do santuário é o da santificação, ou santidade. O pecado que acariciamos no coração revela a distância que nos separa de Deus. O estranho só podia entrar no pátio do templo. A alma penitente devia aproximar-se do altar. O sacerdote podia penetrar no lugar santo. Só o sumo-sacerdote – e isso apenas um dia no ano, e depois de ampla preparação – podia entrar no lugar santíssimo. Vestido de branco podia aproximar-se com tremor do trono divino. E mesmo assim, o incenso devia ocultá-lo parcialmente. Aí podia ministrar não simplesmente como alguém que buscava perdão do pecado, mas lhe era permitido suplicar resolutamente que fossem apagados.

BIBLIOGRAFIA

ANDREASEN, M L. O Ritual do Santuário. São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 1948.

NICHOL, Francis D. Comentário Bíblico Adventista Del Septimo Dia. Traduzido por Vitor E. Ampuero Matta, Buenos Aires, Publicaciones Interamericanas, 1988.

WHITE, Ellen G. Patriarcas e Profetas. Traduzido por Flávio Monteiro, São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 2006.

Série Levitas 4/5

A HERANÇA DOS LEVITAS SACERDOTES

Os sacerdotes e levitas não tinham herança na terra, como se dava com as demais tribos. “Das ofertas queimadas do Senhor e da Sua herança comerão. Pelo que não terá herança no meio de seus irmãos: o Senhor é a sua herança, como lhe tem dito.” Deut. 18:1 e 2.

Ao invés de uma porção de terra, reservou Deus aos sacerdotes certas partes dos sacrifícios que o povo trazia. De todo animal sacrificado, exceto a oferta queimada, que era toda ela queimada sobre o altar, e de alguns outros sacrifícios, cabia ao sacerdote a espádua, as queixadas e o bucho. Deut. 18:3. Os sacerdotes também recebiam os primeiros frutos dos cereais, da videira, e óleo e lã de ovelhas. Além disso, ao sacerdote se dava farinha, oferta de manjares cozida ao forno ou na sertã, misturada com óleo ou seca. Lev. 2:3 e 10; 1; 2; 3; 4; 5; 24:5-9. Das ofertas queimadas recebiam o couro. Lev. 7:8. Em caso de guerra, certa porção do despojo também cabia ao sacerdócio, tanto em homens como em gado e ouro.

Por vezes isso atingia uma soma considerável. Núm. 31:25-54. Todas as ofertas alçadas e movidas eram dos sacerdotes. Núm. 18:8-11. Todas as ofertas dedicatórias eram igualmente dos sacerdotes. Vers. 14.

O primogênito em Israel, tanto de homem como de animal, pertencia ao sacerdote, “porém os primogênitos dos homens resgatarás”, isto é, Israel devia pagar uma soma estipulada, cinco ciclos, para cada filho primogênito. Vers.15-19. No ano do jubileu, os campos que não eram resgatados, ou que haviam sido vendidos e não podiam ser resgatados, revertiam aos sacerdotes, Lev. 27:20 e 21. Em caso de dano causado ao vizinho, quando não era possível a restituição à parte prejudicada, a ordem era que o “que se restituir ao Senhor, será do sacerdote.” Núm. 5:8. A taxa regular do templo de meio ciclo para cada alma em Israel, “o dinheiro das expiações”, devia ser empregada no serviço do tabernáculo, isto é, nas despesas do serviço divino, e não ia diretamente para o sacerdote. Êxo. 30:11-16. Além das fontes de renda acima mencionadas, havia ainda outras menores, que não precisam ser aqui consideradas.

As receitas aqui enumeradas não incluíam o dízimo recebido pelos sacerdotes. Todo o Israel estava sob a obrigação de pagar o dízimo. Lev. 27:30-34. Esse dízimo devia ser entregue aos levitas, e a eles pertencia. Núm. 18:21-24. Do dízimo que os levitas assim recebiam, deviam dar uma “oferta alçada do Senhor a Arão, o sacerdote”. Num. 18:26-28. Parece que em tempos posteriores o dízimo foi pago diretamente aos sacerdotes. Heb. 7:5. É pensar de alguns que isso se deu ao erigir-se o segundo templo, quando poucos eram os levitas que voltaram do cativeiro, tornando-se necessário empregar os netineus em seu lugar, mas esse ponto não está bem esclarecido. Esdras 8:15-20. De qualquer modo, os sacerdotes recebiam os dízimos direta ou indiretamente do povo, e como os sacerdotes eram originalmente poucos em número, as receitas dessa fonte eram talvez mais do que suficientes para as suas necessidades.

O dízimo era dedicado exclusivamente ao uso dos levitas, a tribo que fora separada para o serviço do santuário. Mas este não era de nenhuma maneira o limite das contribuições para os fins religiosos. O tabernáculo, bem como mais tarde o templo, foi construído inteiramente pelas ofertas voluntárias; e, a fim de prover para os necessários reparos e outras despesas, Moisés determinou que todas as vezes que o povo fosse recenseado, cada um deveria contribuir com meio siclo para "o serviço do tabernáculo". No tempo de Neemias fazia-se anualmente uma contribuição para este fim. Êxo. 30:12-16; II Reis 12:4 e 5; II Crôn. 24:4-13; Nee. 10:32 e 33. De tempos em tempos eram trazidas a Deus ofertas pelo pecado e ofertas de gratidão. Estas eram apresentadas em grande número nas festas anuais. E fazia-se pelos pobres a mais liberal provisão.

Série Levitas 3/5

PRIVILÉGIOS E RIGIDEZ NA ESCOLHA DOS SACERDOTES

Grandes eram os privilégios do sacerdócio, e de seus direitos mantidos muito ciosamente. Somente Arão e seus descendentes podiam oficiar no culto sacrifical. Êxodo 28 e 29; Levítico 8-10; Números 16-18. Unicamente quem nascesse na família podia tornar-se sacerdote. Isso deu logo grande importância à questão do nascimento e aos registros genealógicos que comprovavam esse nascimento. Todo sacerdote devia provar de modo incontestável sua ascendência de Arão. Não devia haver solução de continuidade na sucessão. Cada passo devia estar claro.

Cabia a certos sacerdotes a tarefa de examinar a genealogia de todos os candidatos. Mais tarde isso ficou a cargo do Sinédrio, que dedicava parte de seu tempo a esse mister. Se o sacerdote provasse satisfatoriamente seu direito genealógico ao ofício e fosse declarado apto no exame físico exigido – se não tivesse nenhum defeito físico que o incapacitasse para o cargo – era vestido de branco, e seu nome inscrito na lista oficial dos sacerdotes autorizados. É provável que Apocalipse 3:5 se fundamente nesse costume. Por outro lado, se não conseguisse satisfazer aos examinadores, era vestido de preto.

O defeito físico – se o registro genealógico fosse satisfatório – não excluía o sacerdote de compartilhar do sustento devido ao sacerdote do templo. Lev. 21:21-23. Se o defeito não fosse tão manifesto, podia até servir em ocupações menos importantes, tais como providenciar a lenha usada nos serviços do altar, ou como guarda.

Sendo muito sagrado o ofício sacerdotal, observavam-se estritamente os regulamentos quanto à mulher com que o sacerdote podia ou não podia casar-se. Não podia casar-se com a repudiada ou divorciada. Não se podia casar com uma prostituta ou com moça deflorada. Lev. 27:7 e 8. Podia desposar unicamente a virgem pura ou uma viúva, embora o sumo-sacerdote estivesse proibido de casar-se até com a viúva. “E ele tomará uma mulher na sua virgindade. Viúva, ou repudiada, ou desonrada, ou prostituta, estas não tomará, mas virgem dos seus povos tomará por mulher.” Lev. 21:13 e 14.

Os sacerdotes deviam também ser muito cuidadosos quanto à contaminação cerimonial. Não deviam tocar corpo morto, salvo no caso de se tratar de parente muito chegado. Ao sumo-sacerdote até isso era negado. Lev. 21:1-3; 11. Com efeito, em todos os atos de sua vida devia o sacerdote estar consciente da necessidade de manter-se afastado de tudo o que contaminasse. E esse cuidado no tocante à contaminação física era tão somente um símbolo da maior pureza espiritual. “Santidade ao Senhor” era a senha do sacerdócio.

Série Levitas 2/5

O SERVIÇO DO SANTUÁRIO E OS LEVITAS

Esse corajoso ato da parte da tribo de Levi certamente influiu em sua escolha para o serviço de Deus. Numa ocasião crítica souberam colocar-se ao lado do direito, e Deus os recompensou. Foram escolhidos em lugar dos primogênitos para pertencer a Deus num sentido específico e para servir no tabernáculo. Núm. 3:5-13. A uma família – a de Arão – foi confiado o sacerdócio; os demais deviam “administrar o ministério do tabernáculo” e “tenham cuidado de todos os vasos da tenda da congregação.” Vers. 7 e 8. Os “sacerdotes ungidos, cujas mãos foram sagradas para administrar o sacerdócio”, estavam relacionados de um modo mais direto com os serviços divinos no tabernáculo, tais como o acender as lâmpadas; queimar incenso; oferecer todas as espécies de sacrifícios sobre o altar dos holocaustos; espargir o sangue; preparar, acondicionar o pão da proposição e dele comer; preservar a ciência e ensinar a lei. Núm. 3:3; Êxo. 30:7,8; Lev. 1:5; 24:5-9; Mal. 2:7.

Aos levitas foi confiado o cuidado do tabernáculo e de tudo que ao mesmo se referia, tanto no acampamento como em viagem. Quando o arraial se punha em marcha, deveriam desarmar a tenda sagrada; ao chegarem a um ponto de parada, deveriam armá-la. A pessoa alguma de outra tribo se permitia aproximar-se, sob pena de morte. Os levitas estavam separados em três divisões, conforme os descendentes dos três filhos de Levi; e a cada uma foi designada sua posição e obra especial. Na frente do tabernáculo, e mais próximo dele, estavam as tendas de Moisés e Arão. Ao Sul estavam os coatitas, cujo dever era cuidar da arca e de outros aparelhamentos; ao Norte estavam os meraritas, que foram encarregados das colunas, dos encaixes, das tábuas, etc.; na retaguarda os gersonitas, a quem foi confiado o cuidado das cortinas.

Os sacerdotes constituíam uma classe separada do resto do povo. Somente eles podiam servir no templo nos mais importantes trabalhos dos sacrifícios. Conquanto em tempos recuados fosse permitido a qualquer pessoa erguer um altar onde quer que desejasse, e sobre ele oferecer sacrifícios, depois se tornou lei que somente em Jerusalém se podiam oferecer sacrifícios, e que somente sacerdotes podiam oficiar. Isso deu aos sacerdotes grande poder e influência. Tinham a direção de todo o culto público do país inteiro. Cuidavam dos terrenos do templo. Unicamente por seu intermédio podia Israel ter acesso às bênçãos do concerto simbolizado pelo espargir do sangue e pela oferta do incenso. Somente eles podiam andar nos recintos sagrados do templo propriamente dito e comunicar-se com Deus.

Os sacerdotes tinham também a direção em muitos assuntos civis e particulares. Decidiam se o indivíduo estava ou não impuro para as cerimônias, e tinham autoridade de excluí-lo da congregação. Os casos de lepra eram submetidos a eles para exame, e sua palavra é que decidia se o indivíduo devia se banido da sociedade ou não, ou se uma casa devia ser demolida. Levítico 13 e 14. “Guarda-te da praga da lepra, e tem grande cuidado de fazer conforme a tudo o que te ensinaram os sacerdotes levitas; como lhes tenho ordenado, terás cuidado de o fazer. Lembra-te do que o Senhor teu Deus fez a Míriam no caminho, quando saíste do Egito.” Deut. 24: 8 e 9.

Em caso de exclusão, somente o sacerdote podia restituir o indivíduo a sua família. Tinham jurisdição sobre certos casos de suspeita de infidelidade. Núm. 5:11-31. Em virtude de interpretarem as leis exerciam grande influência e autoridade em muitos assuntos relacionados com a vida diária. Em questões difíceis de legislação, os sacerdotes auxiliavam os juízes nas sentenças judiciárias, e isto não só em questões religiosas, mas também nas que eram puramente civis, “em negócios de pendências nas tuas portas”. Deut. 17:8.
Sua sentença era inapelável. O indivíduo era advertido a fazer “conforme ao mandado da lei que te ensinarem, e conforme ao juízo que te disserem.” “O homem pois que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao Senhor teu Deus, nem ao juiz, o tal homem morrerá: e tirarás o mal de Israel.” Vers. 11 e 12. (Ver também Deut. 19:17.)

É fácil de se imaginar que uma corporação que dispusesse do controle do culto de uma nação, do ensino e interpretação das leis, das relações íntimas entre os indivíduos, do cumprimento das decisões legais, havia de exercer poderosa influência sobre o povo, tanto para o bem como para o mal. E se acrescentarmos a esse prestígio, as receitas de que dispunham, receitas que, pelo menos nos últimos tempos, ascendiam a elevadas somas, é de se supor que os sacerdotes se tornassem uma organização muito exclusivista.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Série Levitas 1/5

DESCENDÊNCIA

Levi foi o terceiro filho de Jacó com Lia (Gn 29. 31-35). Levi por sua vez teve três filhos: Gérson, Coate e Merari. Morre com 137 anos (Gn 46.11; Ex 6.16).

A PRIMAZIA DE LEVI

Enquanto Moisés recebia no monte instruções de Deus atinentes à construção do santuário, o povo cansou de esperar por ele. Estando lá mais de um mês, e não sabendo ao certo quando ele havia de voltar, ou se nunca mais regressaria. “Não sabemos o que lhe sucedeu”, disseram. Por conseguinte, pediram a Arão que lhes fizesse deuses como tinham no Egito, a fim de que os pudessem adorar e tomar parte nas festas que celebravam entre os egípcios. Arão dispôs-se a atender ao pedido do povo, e logo um bezerro de ouro estava pronto, do qual o povo disse: “Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito.” Êxo. 32:4.

Arão levantou um altar, e anunciou uma festa ao Senhor. Holocaustos e ofertas pacíficas foram oferecidos “e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar.” Vs. 6. Moisés, é claro, nada sabia disso até que Deus o informou: “Depressa se tem desviado do caminho que Eu lhes tinha ordenado; fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e sacrificaram-lhe e disseram: “Estes são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito.” Vs. 8.

Sem dúvida, com o fim de provar a Moisés, Deus propõe destruir o povo e fazer do profeta uma grande nação. Mas Moisés intercede pelo povo e pede a Deus que o poupe. E Deus misericordiosamente atende à sua súplica. “Então o Senhor arrependeu-Se do mal que dissera que havia de fazer ao Seu povo.” Vs. 14.

Evidentemente Moisés não estava preparado para contemplar o espetáculo que aos seus olhos se apresentaria ao descer do monte. E o povo gritava e dançava, o que levou Josué a concluir: “Alarido de guerra há no arraial.” Vs. 17. Ao ver Moisés até que ponto Israel havia chegado, e que se entregavam às lascivas danças pagãs que haviam aprendido no Egito, “acendeu-se” o seu furor. Acabava de receber de Deus as duas tábuas da lei contendo os dez mandamentos, escritos com o dedo de Deus, esculpidos nas tábuas. “E arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte.” Vs. 16 e 19.

Talvez fosse de se supor que o quebrar dessas tábuas era aos olhos de Deus um grande pecado. Sem dúvida, o ato era simbólico. Israel pecara. Quebrara a lei. Em sinal disso, Moisés quebra as tábuas que Deus acabava de lhe dar. E Deus não o reprova: unicamente torna a escrever a mesma lei sobre duas outras tábuas. Isso também tinha um significado simbólico. A lei não é destruída por ser quebrada – Deus torna a escrevê-la.

Era grave o pecado cometido por Israel. Deus operara grandes coisas em seu favor. Libertara-o da servidão. Abrira-lhe o Mar Vermelho. A lei fora proclamada do Sinai, por entre trovões e relâmpagos. Deus fizera com eles um concerto, e o sangue fora aspergido sobre eles e sobre o livro do concerto. E agora se haviam afastado de Deus e esquecido todas as promessas feitas. Chegara o tempo de ação decidida. É preciso que se saiba quem está do lado do Senhor, pois é claro que nem todos se desviaram. Um desafio é feito por Moisés: “Quem é do Senhor venha a mim.” Israel hesita. De toda aquela vasta multidão apenas uma tribo ousa pôr-se à frente. “Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi.” Vs. 26.

O capítulo 17 do livro de Números relata a escolha da tribo que seria a responsável pelo ritual do santuário. O chefe de cada tribo pegaria um bordão e escreveria o seu nome, Moisés pegou as varas e levou a tenda da congregação e na manhã seguinte a vara de Arão tinha florescido. A responsabilidade de todo o serviço do tabernáculo incluindo sua limpeza, manutenção, montagem e carregamento passa para a tribo de Levi. “Eu, eis que tomei vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós outros para o SENHOR, para servir na tenda da congregação” (Nm 18.6).

Os sacerdotes eram todos levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes. O ofício sacerdotal foi reservado para Arão e seus descendentes. Núm. 3:1-4; Êxo. 28:1.
continua...

domingo, 16 de novembro de 2008

Riquezas e o Fechamento da Porta da Graça

“Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.” Lc 14:33

Conforme nos aproximamos do tempo do fim, é comum encontrarmos pessoas com dúvidas sobre o que fazer com suas posses. A indagação mais freqüente é, quando será o momento exato de desfazer os bens e aplicar na obra missionária? Para responder esta e outras perguntas pertinentes a este assunto, teremos que fazer uma viagem a dois pontos da história cristã, onde encontramos pessoas rescindindo suas posses e empregando na causa de Deus. Neste passeio na história veremos as riquezas sendo empregadas em duas frentes: primeiro na colaboração com pessoas da irmandade mais necessitadas, e segundo na obra missionária, financiando literatura e folhetos.

Doações da Igreja Primitiva

No livro de Atos encontramos alguns fatos em que os novos convertidos ao evangelho de Cristo repartiam suas riquezas entre si, ajudando assim os mais necessitados. Muitos desses primeiros cristãos pelo zelo fanático dos judeus, foram imediatamente separados da família e dos amigos, sendo portanto necessário prover-lhes abrigo e alimento. Em Atos 4:34 lemos: “Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes.”

Esta arrecadação não era algo aleatório e sem direcionamento, pois a história bíblica aponta os discípulos como organizadores desse projeto, segundo Atos 4:35 “e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.” “Esta liberalidade da parte dos crentes foi o resultado do derramamento do Espírito. ‘Era um o coração e a alma’ (Atos 4:32) dos conversos ao evangelho. Um comum interesse os guiava - o êxito da missão a eles confiada; e a avareza não tinha lugar em sua vida. Seu amor aos irmãos e à causa que haviam abraçado, era maior do que o amor ao dinheiro e às posses. Suas obras testificavam que eles tinham a salvação dos homens em maior apreço que as riquezas terrestres.” (Atos dos Apóstolos, p. 70 e 71).

Exatamente neste contexto que deparamos com Ananias e Safira, eles haviam prometido a Deus a venda de um imóvel. Mas por um momento ouviram as cobiçosas palavras de satanás, e perderam a suave influência do Espírito. Conversaram entre si sobre o caso e resolveram não cumprir a promessa. “Mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço” (Atos 5:2). Ellen White comenta que “... os que entregavam seus bens para suprir as necessidades de seus irmãos mais pobres, eram tidos em alta estima pelos crentes; e, com vergonha de que os irmãos viessem a saber que sua mesquinhez de alma regateara aquilo que haviam solenemente dedicado a Deus, resolveram deliberadamente vender sua propriedade e fingir que davam todo o produto para o fundo comum, guardando, porém, para si mesmos, grande parte. Deste modo garantiriam para si o pão do depósito comum, ao mesmo tempo que alcançariam a alta estima de seus irmãos” (Atos dos Apóstolos, p. 72).

O episódio ocorrido com esse promissor casal, é um exemplo do que poderá acontecer conosco se, mantivermos em nosso coração um apego excessivo a riqueza. “Não apenas para a igreja primitiva, mas para todas as gerações futuras, este exemplo de como Deus aborrece a cobiça, a fraude, a hipocrisia, foi dado como um sinal de perigo. Foi a cobiça que Ananias e Safira tinham acariciado em primeiro lugar. O desejo de reter para si a parte que haviam prometido ao Senhor, levou-os à fraude e à hipocrisia” (Atos dos Apóstolos, p. 74). A conseqüência foi a morte.

Doações no Movimento Milerita

Foi numa campal em Exeter, New Hampshire, em agosto de 1844, que pela primeira vez foi anunciado o retorno de Jesus para o dia 22 de outubro de 1844. Nesta campal, enquanto o marinheiro José Bates pronunciava um sermão sem muita novidade, chega ao local um cavaleiro chamado Samuel Snow. Sua irmã que estava na platéia vendo que ele chegara, cortesmente interrompe o velho Bates e apresenta seu irmão, e diz: “Irmão Bates! É muito tarde para gastarmos o nosso tempo com essas verdades com as quais estamos familiarizados. O tempo é curto. O Senhor tem servos aqui com alimento para o devido tempo para a Sua casa. Que eles falem, e que o povo possa ouvi-los” (História do Adventismo, p. 29).

Foi então que Snow assumiu o lugar no púlpito e transmitiu à expectante assembléia o resultado de seus estudos, chegando com a data certa para o retorno de Cristo no dia 22 de outubro de 1844 (para um estudo mais completo sobre o estudo de Samuel Snow ver C. Mervyn Maxwell, História do Adventismo, p. 29-34).

Após a datação para o retorno de Jesus, o que vemos é uma comoção geral entre os membros do movimento. Maxwell narra este fato: “Grandes somas eram doadas para que os pobres pudessem liquidar suas dívidas, bem como para a publicação de literatura – até que os editores dissessem que não precisavam mais, o que fez muitos doadores em potencial retirarem-se com pesar” (História do Adventismo, p. 33). Nesta história os crentes atuam de duas formas: empregam suas riquezas na pregação do evangelho eterno, como também socorrem aos mais carentes. O que vemos claramente é a aceitação ao chamado de Cristo: “Qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.”

Porém alguns podem pensar que eles agiram assim pois sabiam o exato momento do eminente retorno de Cristo. Mas o ponto em foco não era o retorno de Cristo, e sim o senso de missão produzido pelo Espírito Santo que permeava o coração e a mente do povo. As doações eram feitas para que as literaturas alcançassem o maior número de pessoas, a abnegação, causa da presença do Espírito Santo, impulsionava os mileritas a dispor de suas propriedades e bens e aplicá-las na pregação do evangelho. Hoje também vivemos na expectativa da segunda vinda, contudo, raramente presenciamos doações expressivas e o motivo é simples: ainda nos falta unção do Espírito.

Doações no Tempo do Fim

Depois desta contextualização onde estudamos dois pontos distintos da história em que o povo de Deus se mobilizou doando suas posses, podemos resumir que a atuação do Espírito de Deus é determinante. Sem Ele esses movimentos não teriam alcançado resultados satisfatórios. Mas ainda fica a pergunta: Quando será o momento exato de desfazer os bens nesta reta final da história do mundo? É conhecido de todos o texto dos evangelhos onde Cristo exorta seus discípulos com o perigo de se apegar as riquezas. Mt 19:23 “Então, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.”

A Bíblia não condena o rico porque é rico; não declara que a aquisição de riqueza é pecado. Em nenhum momento o Mestre está se opondo aos ricos ou mesmo negando-lhes a salvação. Até porque a riqueza é um dom de Deus. “É Deus quem dá força aos homens para adquirirem riqueza...” (Ellen G White, Minha Consagração Hoje – MM 1989, p.116). É o amor ao dinheiro que a Palavra de Deus denuncia como sendo a raiz de todos os males (1 Tm 6:10). A riqueza só é uma posse perigosa quando posta em competição com os tesouros celestes.

Embora não haja nenhum erro em aumentar nossas posses, e como vimos a riqueza é um talento de Deus, se aproxima o momento em que deveríamos fazer ao contrário. “É agora que nossos irmãos deveriam estar reduzindo suas posses, em vez de aumentá-las. Estamos prestes a mudar-nos para uma terra melhor, a celestial. Não procedamos, pois, como quem queira habitar confortavelmente sobre a Terra, mas ajuntemos nossos objetos no espaço mais limitado possível” (Conselhos Sobre Mordomia, p.59).

Se é agora a hora de reduzir nossas posses, temos que fazê-lo antes que saia o decreto proibindo os homens de comprar ou vender. Sabemos que este decreto é anterior ao tempo de angústia. O Espírito de Deus assim nos admoesta: “Casas e terras não serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia, ..., e naquele tempo não poderão dispor de seus bens para o progresso da causa da verdade presente.” Também diz: “Foi-me mostrado que é a vontade de Deus que os santos se desprendam de todo embaraço, antes que chegue o tempo de angústia.” (Testemunhos Seletos, Vol.2, p.44).

Ao finalizar este devocional devemos ter a chama do Espírito Santo acesa em nosso coração. Foi Ele atuando no coração da igreja primitiva e no movimento milerita que liderou a venda de propriedades como também empregou os recursos nos lugares certos. Esta atuação excepcional do Espírito no passado nos garante novamente a atuação em nossas vidas no presente. Ellen White declara: “Se eles tiverem sua propriedade sobre o altar, e inquirirem fervorosamente de Deus quanto ao dever, Ele lhes ensinará quando devem dispor destas coisas. Então estarão livres no tempo de angústia, e não terão ligaduras que os puxem para baixo” (Testemunhos Seletos, vol.2, p.44).

“Homens e mulheres pobres há que me escrevem pedindo conselho quanto a deverem eles vender sua morada e darem o resultado à causa. A esses, eu diria: Talvez não seja dever vosso venderdes vossa casinha agora; buscai, porém, a Deus, vós mesmos; certamente o Senhor vos ouvirá a sincera oração pedindo sabedoria para compreender vosso dever” (Testemunhos Seletos, vol.2, p. 330). Assim como foi na época da igreja primitiva nosso único e maior anseio deve ser buscar o Senhor e ser ungido pelo seu Espírito, somente com esse poder do alto teremos clareza para tomar decisões corretas e em tempos acertados.

Deus em todo o decurso da história tem usado material humano para infundir sua obra de salvação ao mundo. Ainda hoje temos este privilégio de sermos participantes na conclusão deste ministério, “Deus tem feito depender a proclamação do evangelho do trabalho e dos donativos de Seu povo. As ofertas voluntárias e os dízimos constituem o meio de manutenção da obra do Senhor” (Atos dos Apóstolos, p. 54). Que em nossa busca incessante por Cristo nosso caráter seja transformado e que nossos atos sejam totalmente altruístas como o do nosso Mestre Jesus.

Minha Decisão Hoje

Reconsagrar minha vida, colocando meus talentos, meus tesouros, meu tempo e o meu templo sobre o altar do Senhor. Vivendo em novidade de vida.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

12 Respostas Sobre o Pecado


1) Quantos são pecadores e qual é o resultado do pecado?
Romanos 5:12
Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
Romanos 6:23
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

2) Que se declara ser o pecado? E com quem se originou o pecado?
1 João 3:4 e 8
Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.
Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.

3) O que se torna aquele que comete pecado?
João 8:34
Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.
Romanos 7: 15-19, 23-24

4) O que o pecado causa entre nós e Deus?
Isaías 59: 1 e 2
Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.

5) O que Jesus veio fazer?
Lucas 5:32
Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.
Gênesis 3:8 e 9

6) O que nos leva ao arrependimento?
Romanos 2:4
Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?

7) O que faz o pecador arrependido?
Salmos 38:18
Confesso a minha iniqüidade; suporto tristeza por causa do meu pecado.

8) O que acontece com aquele que não confessa seus pecados?
Provérbios 28:13
O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.

9) O que Deus faz quando confessamos nossos pecados?
1 João 1:9
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Miquéias 7:18 e 19
... O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
Isaías 1:18; 43;25
Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.
Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro.

10) Existe algum pecado imperdoável?
Mateus 12:31-32
Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir.

11) Qual é a bem-aventurança para o pecador?
Salmos 32:1-2
Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo.

12) O que devemos fazer agora?
1 João 1:7
Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Podemos ou não jogar xadrez?

O jogo de xadrez está cada vez mais popular, e com isso cativando mais e mais pessoas, principalmente entre jovens onde o estímulo tem sido maior. Junto com essa popularidade têm surgido perguntas sobre sua idoneidade. Determinar seu inventor ou como se originou é quase impossível. Na história dos jogos de tabuleiro, o xadrez tem umas das origens mais controversas, podendo ser derivado de jogos encontrados na Índia, no Egito, na Assíria, na Pérsia (atual Irã), na China, na Grécia, na Arábia, na Irlanda e no Uzbequistão.

Apesar de vários países afirmarem terem inventado alguma forma primitiva de xadrez, uma das versões mais aceitas é que o jogo teria se originado na Índia. Uma das evidências seria que os nomes Árabe, Persa, Grego, Português e Espanhol para xadrez, são todos derivados do Sânscrito (língua clássica da Índia antiga que influenciou praticamente todos os idiomas ocidentais), Chaturanga.

Acredita-se que os persas teriam criado uma versão mais similar ao xadrez, o Chatrang ou Shatranj.Outra explicação, apoiada por Joseph Needham e David H. Li, é que o xadrez seria derivado de um jogo similar chinês, o Xiangqi (conhecido no ocidente como xadrez chinês, ou a um predecessor desse, que já existiria desde o século 2 a.C).

Seria o jogo de xadrez uma recreação compatível com o jovem cristão? Veja estas citações:

Todas estas citações foram tiradas no contexto de seções onde Ellen White comenta sobre recreação, uma mesma citação é usada em cinco dos seus livros porém com algumas pequenas mudanças. Sendo assim resolvi incluir todas.

Há distrações, como sejam a dança, o jogo de cartas, xadrez, etc., que não podemos aprovar, porquanto o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem efeito sedutor, produzindo em alguns espíritos uma paixão por aquelas diversões que conduzem ao jogo e à dissipação. Todos esses divertimentos merecem ser condenados pelos cristãos, devendo o seu lugar ser substituído por qualquer coisa perfeitamente inofensiva. Conselhos pais, professores e estudantes – pág. 346

Há distrações, como sejam a dança, o jogo de cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar porquanto o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem efeito viciante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por aquelas diversões que conduzem ao jogo e à dissipação. Todos esses divertimentos merecem ser condenados pelos cristãos, devendo o seu lugar ser substituído por qualquer coisa perfeitamente inofensiva. Conselho sobre saúde – pág. 195

Há distrações, como sejam a dança, o jogo de cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar porquanto o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem efeito estimulante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por aquelas diversões que conduzem ao jogo e à dissipação. Todos esses divertimentos merecem ser condenados pelos cristãos, devendo o seu lugar ser substituído por qualquer coisa perfeitamente inofensiva. Mensagens aos jovens – pág. 392

Há diversões tais como dançar, jogar cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar, pois que o Céu as condena. Esses divertimentos abrem a porta para grandes males. Não são benéficos em sua tendência, e têm uma influência estimulante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por esses jogos que levam ao jogo de azar e dissipação. Todos esses jogos devem ser condenados pelos cristãos, e substituídos, por algo perfeitamente inofensivo. Mente, caráter e personalidade – 2 pág. 736

Há divertimentos, como a dança, o jogo de cartas, as damas, o xadrez, etc., que não podemos aprovar porque o Céu os condena. Esses divertimentos abrem a porta para grandes males. Não são de tendência benéfica, mas têm influência estimulante, produzindo em alguns espíritos a paixão por aqueles folguedos que levam a jogatinas e dissipação. Tais divertimentos devem ser condenados pelos cristãos, pondo-se em seu lugar alguma coisa que seja perfeitamente inofensiva. O lar adventista – pág 498

Estes textos falam por si mesmos, e destacam pontos fortes que não corroboram em nada para o nosso crescimento espiritual, efeito sedutor, produz vício, exercem efeitos estimulantes, levam a jogatinas e jogos de azar. Mas o ponto mais forte que merece destaque é a frase o Céu os condena. Não existe frase mais contundente e que exprima mais severidade do que esta. Por que não devo me associar a estas coisas? Deus não aprova.

Veja o que diz o apóstolo Paulo:

1Co 6:12 “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”.

1Co 10:23 “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam”.

1Co 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.

Fp 4:8 "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento".