DESCENDÊNCIA
Levi foi o terceiro filho de Jacó com Lia (Gn 29. 31-35). Levi por sua vez teve três filhos: Gérson, Coate e Merari. Morre com 137 anos (Gn 46.11; Ex 6.16).
A PRIMAZIA DE LEVI
Enquanto Moisés recebia no monte instruções de Deus atinentes à construção do santuário, o povo cansou de esperar por ele. Estando lá mais de um mês, e não sabendo ao certo quando ele havia de voltar, ou se nunca mais regressaria. “Não sabemos o que lhe sucedeu”, disseram. Por conseguinte, pediram a Arão que lhes fizesse deuses como tinham no Egito, a fim de que os pudessem adorar e tomar parte nas festas que celebravam entre os egípcios. Arão dispôs-se a atender ao pedido do povo, e logo um bezerro de ouro estava pronto, do qual o povo disse: “Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito.” Êxo. 32:4.
Arão levantou um altar, e anunciou uma festa ao Senhor. Holocaustos e ofertas pacíficas foram oferecidos “e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar.” Vs. 6. Moisés, é claro, nada sabia disso até que Deus o informou: “Depressa se tem desviado do caminho que Eu lhes tinha ordenado; fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e sacrificaram-lhe e disseram: “Estes são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito.” Vs. 8.
Sem dúvida, com o fim de provar a Moisés, Deus propõe destruir o povo e fazer do profeta uma grande nação. Mas Moisés intercede pelo povo e pede a Deus que o poupe. E Deus misericordiosamente atende à sua súplica. “Então o Senhor arrependeu-Se do mal que dissera que havia de fazer ao Seu povo.” Vs. 14.
Evidentemente Moisés não estava preparado para contemplar o espetáculo que aos seus olhos se apresentaria ao descer do monte. E o povo gritava e dançava, o que levou Josué a concluir: “Alarido de guerra há no arraial.” Vs. 17. Ao ver Moisés até que ponto Israel havia chegado, e que se entregavam às lascivas danças pagãs que haviam aprendido no Egito, “acendeu-se” o seu furor. Acabava de receber de Deus as duas tábuas da lei contendo os dez mandamentos, escritos com o dedo de Deus, esculpidos nas tábuas. “E arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte.” Vs. 16 e 19.
Talvez fosse de se supor que o quebrar dessas tábuas era aos olhos de Deus um grande pecado. Sem dúvida, o ato era simbólico. Israel pecara. Quebrara a lei. Em sinal disso, Moisés quebra as tábuas que Deus acabava de lhe dar. E Deus não o reprova: unicamente torna a escrever a mesma lei sobre duas outras tábuas. Isso também tinha um significado simbólico. A lei não é destruída por ser quebrada – Deus torna a escrevê-la.
Era grave o pecado cometido por Israel. Deus operara grandes coisas em seu favor. Libertara-o da servidão. Abrira-lhe o Mar Vermelho. A lei fora proclamada do Sinai, por entre trovões e relâmpagos. Deus fizera com eles um concerto, e o sangue fora aspergido sobre eles e sobre o livro do concerto. E agora se haviam afastado de Deus e esquecido todas as promessas feitas. Chegara o tempo de ação decidida. É preciso que se saiba quem está do lado do Senhor, pois é claro que nem todos se desviaram. Um desafio é feito por Moisés: “Quem é do Senhor venha a mim.” Israel hesita. De toda aquela vasta multidão apenas uma tribo ousa pôr-se à frente. “Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi.” Vs. 26.
O capítulo 17 do livro de Números relata a escolha da tribo que seria a responsável pelo ritual do santuário. O chefe de cada tribo pegaria um bordão e escreveria o seu nome, Moisés pegou as varas e levou a tenda da congregação e na manhã seguinte a vara de Arão tinha florescido. A responsabilidade de todo o serviço do tabernáculo incluindo sua limpeza, manutenção, montagem e carregamento passa para a tribo de Levi. “Eu, eis que tomei vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós outros para o SENHOR, para servir na tenda da congregação” (Nm 18.6).
Os sacerdotes eram todos levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes. O ofício sacerdotal foi reservado para Arão e seus descendentes. Núm. 3:1-4; Êxo. 28:1.
continua...
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