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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Série Levitas 4/5

A HERANÇA DOS LEVITAS SACERDOTES

Os sacerdotes e levitas não tinham herança na terra, como se dava com as demais tribos. “Das ofertas queimadas do Senhor e da Sua herança comerão. Pelo que não terá herança no meio de seus irmãos: o Senhor é a sua herança, como lhe tem dito.” Deut. 18:1 e 2.

Ao invés de uma porção de terra, reservou Deus aos sacerdotes certas partes dos sacrifícios que o povo trazia. De todo animal sacrificado, exceto a oferta queimada, que era toda ela queimada sobre o altar, e de alguns outros sacrifícios, cabia ao sacerdote a espádua, as queixadas e o bucho. Deut. 18:3. Os sacerdotes também recebiam os primeiros frutos dos cereais, da videira, e óleo e lã de ovelhas. Além disso, ao sacerdote se dava farinha, oferta de manjares cozida ao forno ou na sertã, misturada com óleo ou seca. Lev. 2:3 e 10; 1; 2; 3; 4; 5; 24:5-9. Das ofertas queimadas recebiam o couro. Lev. 7:8. Em caso de guerra, certa porção do despojo também cabia ao sacerdócio, tanto em homens como em gado e ouro.

Por vezes isso atingia uma soma considerável. Núm. 31:25-54. Todas as ofertas alçadas e movidas eram dos sacerdotes. Núm. 18:8-11. Todas as ofertas dedicatórias eram igualmente dos sacerdotes. Vers. 14.

O primogênito em Israel, tanto de homem como de animal, pertencia ao sacerdote, “porém os primogênitos dos homens resgatarás”, isto é, Israel devia pagar uma soma estipulada, cinco ciclos, para cada filho primogênito. Vers.15-19. No ano do jubileu, os campos que não eram resgatados, ou que haviam sido vendidos e não podiam ser resgatados, revertiam aos sacerdotes, Lev. 27:20 e 21. Em caso de dano causado ao vizinho, quando não era possível a restituição à parte prejudicada, a ordem era que o “que se restituir ao Senhor, será do sacerdote.” Núm. 5:8. A taxa regular do templo de meio ciclo para cada alma em Israel, “o dinheiro das expiações”, devia ser empregada no serviço do tabernáculo, isto é, nas despesas do serviço divino, e não ia diretamente para o sacerdote. Êxo. 30:11-16. Além das fontes de renda acima mencionadas, havia ainda outras menores, que não precisam ser aqui consideradas.

As receitas aqui enumeradas não incluíam o dízimo recebido pelos sacerdotes. Todo o Israel estava sob a obrigação de pagar o dízimo. Lev. 27:30-34. Esse dízimo devia ser entregue aos levitas, e a eles pertencia. Núm. 18:21-24. Do dízimo que os levitas assim recebiam, deviam dar uma “oferta alçada do Senhor a Arão, o sacerdote”. Num. 18:26-28. Parece que em tempos posteriores o dízimo foi pago diretamente aos sacerdotes. Heb. 7:5. É pensar de alguns que isso se deu ao erigir-se o segundo templo, quando poucos eram os levitas que voltaram do cativeiro, tornando-se necessário empregar os netineus em seu lugar, mas esse ponto não está bem esclarecido. Esdras 8:15-20. De qualquer modo, os sacerdotes recebiam os dízimos direta ou indiretamente do povo, e como os sacerdotes eram originalmente poucos em número, as receitas dessa fonte eram talvez mais do que suficientes para as suas necessidades.

O dízimo era dedicado exclusivamente ao uso dos levitas, a tribo que fora separada para o serviço do santuário. Mas este não era de nenhuma maneira o limite das contribuições para os fins religiosos. O tabernáculo, bem como mais tarde o templo, foi construído inteiramente pelas ofertas voluntárias; e, a fim de prover para os necessários reparos e outras despesas, Moisés determinou que todas as vezes que o povo fosse recenseado, cada um deveria contribuir com meio siclo para "o serviço do tabernáculo". No tempo de Neemias fazia-se anualmente uma contribuição para este fim. Êxo. 30:12-16; II Reis 12:4 e 5; II Crôn. 24:4-13; Nee. 10:32 e 33. De tempos em tempos eram trazidas a Deus ofertas pelo pecado e ofertas de gratidão. Estas eram apresentadas em grande número nas festas anuais. E fazia-se pelos pobres a mais liberal provisão.

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