O jogo de xadrez está cada vez mais popular, e com isso cativando mais e mais pessoas, principalmente entre jovens onde o estímulo tem sido maior. Junto com essa popularidade têm surgido perguntas sobre sua idoneidade. Determinar seu inventor ou como se originou é quase impossível. Na história dos jogos de tabuleiro, o xadrez tem umas das origens mais controversas, podendo ser derivado de jogos encontrados na Índia, no Egito, na Assíria, na Pérsia (atual Irã), na China, na Grécia, na Arábia, na Irlanda e no Uzbequistão.
Apesar de vários países afirmarem terem inventado alguma forma primitiva de xadrez, uma das versões mais aceitas é que o jogo teria se originado na Índia. Uma das evidências seria que os nomes Árabe, Persa, Grego, Português e Espanhol para xadrez, são todos derivados do Sânscrito (língua clássica da Índia antiga que influenciou praticamente todos os idiomas ocidentais), Chaturanga.
Acredita-se que os persas teriam criado uma versão mais similar ao xadrez, o Chatrang ou Shatranj.Outra explicação, apoiada por Joseph Needham e David H. Li, é que o xadrez seria derivado de um jogo similar chinês, o Xiangqi (conhecido no ocidente como xadrez chinês, ou a um predecessor desse, que já existiria desde o século 2 a.C).
Seria o jogo de xadrez uma recreação compatível com o jovem cristão? Veja estas citações:
Todas estas citações foram tiradas no contexto de seções onde Ellen White comenta sobre recreação, uma mesma citação é usada em cinco dos seus livros porém com algumas pequenas mudanças. Sendo assim resolvi incluir todas.
Há distrações, como sejam a dança, o jogo de cartas, xadrez, etc., que não podemos aprovar, porquanto o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem efeito sedutor, produzindo em alguns espíritos uma paixão por aquelas diversões que conduzem ao jogo e à dissipação. Todos esses divertimentos merecem ser condenados pelos cristãos, devendo o seu lugar ser substituído por qualquer coisa perfeitamente inofensiva. Conselhos pais, professores e estudantes – pág. 346
Há distrações, como sejam a dança, o jogo de cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar porquanto o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem efeito viciante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por aquelas diversões que conduzem ao jogo e à dissipação. Todos esses divertimentos merecem ser condenados pelos cristãos, devendo o seu lugar ser substituído por qualquer coisa perfeitamente inofensiva. Conselho sobre saúde – pág. 195
Há distrações, como sejam a dança, o jogo de cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar porquanto o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem efeito estimulante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por aquelas diversões que conduzem ao jogo e à dissipação. Todos esses divertimentos merecem ser condenados pelos cristãos, devendo o seu lugar ser substituído por qualquer coisa perfeitamente inofensiva. Mensagens aos jovens – pág. 392
Há diversões tais como dançar, jogar cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar, pois que o Céu as condena. Esses divertimentos abrem a porta para grandes males. Não são benéficos em sua tendência, e têm uma influência estimulante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por esses jogos que levam ao jogo de azar e dissipação. Todos esses jogos devem ser condenados pelos cristãos, e substituídos, por algo perfeitamente inofensivo. Mente, caráter e personalidade – 2 pág. 736
Há divertimentos, como a dança, o jogo de cartas, as damas, o xadrez, etc., que não podemos aprovar porque o Céu os condena. Esses divertimentos abrem a porta para grandes males. Não são de tendência benéfica, mas têm influência estimulante, produzindo em alguns espíritos a paixão por aqueles folguedos que levam a jogatinas e dissipação. Tais divertimentos devem ser condenados pelos cristãos, pondo-se em seu lugar alguma coisa que seja perfeitamente inofensiva. O lar adventista – pág 498
Estes textos falam por si mesmos, e destacam pontos fortes que não corroboram em nada para o nosso crescimento espiritual, efeito sedutor, produz vício, exercem efeitos estimulantes, levam a jogatinas e jogos de azar. Mas o ponto mais forte que merece destaque é a frase o Céu os condena. Não existe frase mais contundente e que exprima mais severidade do que esta. Por que não devo me associar a estas coisas? Deus não aprova.
Veja o que diz o apóstolo Paulo:
1Co 6:12 “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”.
1Co 10:23 “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam”.
1Co 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.
Fp 4:8 "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento".
16 comentários:
Sinto muito mas o xadrez parece estar fora do contexto. Crianças que aprendem xadrez na escola se tornam adultos com melhor administração emocional, lidam melhor com os problemas, entre outras abilidades que desenvolvem de acordo com pesquisas.
Não seria esse o exemplo de uma prática que edifica?1co 10:23?
O estudo edifica o ser humano para este mundo, ele sozinho serve apenas para a vida que temos na Terra agora (assim como o xadrez). E isso não é o mais importante. Mas se o estudo/xadrez desvia sua mente do que realmente importa (que é Deus, o céu, a vida futura) ele não valhe nada, não é benéfico. Qualquer coisa sem Deus por mais que pareça boa, não é.
O estudo edifica o ser humano para este mundo, ele sozinho serve apenas para a vida que temos na Terra agora (assim como o xadrez). E isso não é o mais importante. Se o estudo/xadrez desvia sua mente do que realmente importa (que é Deus, o céu, a vida futura) ele não valhe nada, não é benéfico. Qualquer coisa sem Deus por mais que pareça boa, não é.
O que é Deus? É o que nos gostamos ou que Deus deixou informado em livros? tudo são estudos devemos escolher no que acreditar somos livres . Se vc escolheu estudos científicos fica com eles se escolheu estudo não científicos fique com eles.
Tem uns casos para dar de exemplos : tem pessoas desonestas agradecendo a Deus porque deu certo a transação, ladrões pedindo a Deus para o roubo da certo. Eu vejo o jogo como um modo de explorar a fraqueza do outro ganhando . Não ajudando!
Eu acho bem complicada essa questão do xadrez. Sou adventista e joguei por muitos anos esse jogo. Aprendi no período da escola (ensino básico) e não posso negar que esse jogo melhorou minha inteligência e minhas notas da escola sobremaneira. Já tinha visto esse trecho dos livros de Ellen White antes. Sempre me perguntei sobre esses adjetivos: estimulante e sedutor. Também me pergunto sobre essa questão da "tendência". Os luteranos (uma corrente protestante) jogam e ensinam o xadrez nas escolas deles como parte do currículo, por exemplo. Acho bem complicado. Já procurei por toda internet e percebo que Ellen White é a única pessoa (inspirada por Deus) que fala dessa maneira desse jogo. Sei lá.
Alguns amigos meus que jogam esse jogo às vezes me parecem meio frios e calculistas (mas pode ser somente impressão da minha parte). Também já li que, segundo alguns redatores, alguns jogadores de xadrez desenvolvem um espírito "violento e agressivo". Acho bem complicado. Se possível, gostaria de saber mais sobre o assunto. Mas, realmente, acho que faltam outras fontes sobre o assunto. Abraço.
Nunca li tanta besteira sempre joguei xadrez e nunca fui uma pessoa agressiva isso deveria valer para o truco aquilo sim e loucura, e muito menos tenho esquecido de Deus , isso aí é apenas um a argumentação vazia invencionismo teologico
O que eu percebo é que o Xadrez é um jogo extremamente cativante. Por ter nada menos do que infinitas possibilidades, quem quiser ficar bom mesmo nele tem que estudar muito. Existem bibliotecas de livros apenas sobre as aberturas. Quanto mais a pessoa melhora seu jogo, percebe que tem mais a aprender. Acredito que depois de tanto estudo, um enxadrista que ganhar um jogo ou campeonato se sentirá tão recompensado a ponto de querer estudar mais e mais, e se viciar no gosto da vitória. Em contrapartida, se perder, terá a percepção de que todas as horas de dedicação foram em vão, acompanhado de toda sorte de sentimentos negativos como frustração, raiva, revanchismo....o que o levará a estudar mais e mais.
Analisando toda situação, me pergunto: valeu a pena ? Horas de dedicação a troco de quê ? O quê ficar bom num jogo de tabuleiro, perdendo tempo de fazer outras coisas boas da vida, contribuiu para te fazer um melhor cristão e ganhar almas para Jesus ? Não foi uma tremenda perda de tempo ? A menos que vc esteja entre os 100 melhores do mundo, você não vai ficar rico com isso. Agora, uma partidinha de vez em quando para distrair e se divertir com os amigos, acredito que seja inofensiva. Gostaria de saber o que acharam do meu comentário. Grande Abraços !
Sabemos que é bem complicado a questão do xadrez. Muitos de nós, somos apaixonados por ele e só os inteligentes e espertos são bons jogadores de xadrez. Ele incentiva a concentração e a pensar profundo. Mas se Deus falou, mesmo não sejamos capaz de compreender é para nosso bem. Também era viciado em xadrez, e adorava jogar com os amigos. Mas depois de aprender o certo, abandonei sem hesitação. Em salmos 119:4,5 diz: Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos a risca. Tomara sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos. O problema do xadrez é a competição que ele leva, e por ser um jogo de guerra, assim como as damas. Se Deus falou, devemos obedecer, pois em salmos 119:11 diz: Guardo no coração atua palavra, para não pecar contra ti. Deus os abençoe.
Somente Cristo, onipotente, o onipresente passou por esta terra sem pecado...fora isto todos que passaram por aqui cometeram seus erros, inclusive Ellen Whitesnake...palavra de um adventista de berço que sou...
Dizem que o Xadrez vicia por que é preciso estudar muito e incansavelmente para atingir o auge, ou que provoca efeito estimulante, ou torna a pessoa fria e calculista. Isso é muita hipocrisia, pois o próprio trabalho também vícia e causa efeito estimulante e nos deixa frios e calculistas(A própria irmã White incentiva a educar os jovens para serem calculistas). Para combater a frieza e o calculismo, basta equilibrar a vida social e os esportes, se for esse o problema.
Se o motivo de evitar o xadrez é que "poderia fazer alguma coisa melhor para ajudar as pessoas", esse motivo é contraditório. Pois posso ajudar através do ensino, gerando oportunidades de emprego e ainda utilizar a renda para promover educação. O xadrez é visto hoje como um esporte, assim como Futebol, Basquete, Handebol; TODOS estes precisam de alta dedicação para chegar no nível profissional e para conseguir uma ótima renda, e também são vistos como emprego( E ser um atleta de futebol está de acordo com os princípios da igreja desde que não transgrida o sábado - segundo os pastores da igreja). O xadrez não é um emprego/trabalho? Sim, ele é e possui a mesma estruturação e impacto na economia como qualquer outro ofício ou emprego (inclusive de ser pastor). Logo, o xadrez com temperança e seguindo os princípios bíblicos não deveria ser visto como algo proibido.
Observação: Todo o nosso trabalho é uma guerra, uma guerra econômica por trás. Se o Xadrez estimula a guerra, você como executivo ou qualquer outra profissão também está numa guerra. O contexto da guerra é um princípio universal, e também está na Bíblia(principalmente o Grande Conflito).
Olá Matheus Veras, concordo que a visão da maioria das pessoas é que a vida em si se resume a uma guerra pela sobrevivência (visão evolucionista), contudo a visão cristã nesse sentido é diferente. Sabemos que Deus tem cuidado de nós e de nossas necessidades. No livro de Mateus (por coincidência seu nome) Jesus fala que não devemos andar ansiosos pela solicitude da vida, quanto ao que comer ou vestir, pois o Senhor tem cuidado de nós. Os cristãos não enxergam a vida laboral como uma guerra, mas veem cada oportunidade como um meio de testemunhar do amor de Deus pelas outras pessoas. Dentro dessa perspectiva, os cristãos entregam a Deus sua carreira e trabalho. Fazem o melhor que podem nas suas funções, mas não, necessariamente, estão preocupadas com a competição ou enxergam o trabalho como uma guerra. Quanto a questão do grande conflito. Eu li o livro da Ellen White e pelo que entendi esse "grande conflito" se refere ao conflito entre o bem e o mal, entre Deus e Satanás. Basicamente é um termo sobre um conflito espiritual. Logo, não vejo como correto o fato de aplicar esse conceito ao mercado de trabalho, pois o contexto não ensina isso.
Quanto a questão dos fins justificarem os meios. Acredito que existem muitas atividades que geram renda em nossa sociedade, mas muitas delas colidem com a visão cristã. Por exemplo: cassinos, casas de aposta, loterias, indústrias de bebidas alcoólicas, indústria da moda, indústria do sexo, entre outras,... Sim, elas geram renda, e indiretamente beneficiam a sociedade, mas estão em desacordo com a vontade de Deus, logo os cristãos não deveriam se engajar nessas atividades.
Abraço.
O teólogo americano Jud Lake, professor na Southern adventist University, escreveu um artigo completo sobre o assunto.
Ele explica o contexto histórico por traz dos textos assim como devemos estudar a bíblia, e dismistifica esse assunto assim como o da dança, jogo de tênis e posse de bicicletas(foram comparados por EGW com idolatria)
Deixo aqui o link do artigo
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.ellenwhiteanswers.org/media/pdf/ellen-white-amusements.pdf&ved=2ahUKEwjkyIPT-dDjAhVnGbkGHTrDBd4QFjAAegQIAhAB&usg=AOvVaw2cinqyjicgAoiIvN53QfQA
Na verdade o jogo de xadrez ou dama em si na verdade não passa de teste de raciocínio. Nele não há fontes e nem um tipo de informação. Não se pode afirmar que te faz inteligente pois no contrário aquele que perde se faz burro! A questão é que somos bons naquilo que queremos desenvolver. Se aquele que é bom em (xadrez-dama) perceber sua agilidade em raciocínio, talvez possa usar isso pra ganhar dinheiro e se viciar. A verdade é que causam um sentimento de grandesa que o acompanha em toda sua jornada de estudos fazendo assim parecer benéfico. Por outro lado aquele que sempre perde pode deixar de lado e focar em estudos, encher sua mente d fontes, de pura sabedoria podendo desenvolver um raciocínio de pura utilidade para esta vida e futura.
O melhor comentário que vi sobre o assunto. Concordo com vc 100%!
Se a palavra de Deus e o Espírito de profecia diz que não, então é não e ponto final. Pois ambos formam inspirados por aquele que não erra, (Deus)
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